O oxente-portenho: A mistura que deu certo!

Líder do grupo na Copa do Nordeste, classificado para a semifinal do Campeonato Cearense e mais uma vez na disputa da Libertadores da América. O Fortaleza é hoje um clube de ponta no futebol brasileiro. Um dos mais estruturados da região. Com um bom CT, o Pici, e um bom time fruto de uma base e de um sistema de jogo que encaixou perfeitamente. Este é o legado do argentino Juan Pablo Vojvoda, um desconhecido do futebol brasileiro até meados de 2021, quando chegou ao tricolor. 

Antes, no futebol chileno, ele já havia classificado o Union La Calera, pela primeira vez, pra disputar uma Libertadores, mas mesmo assim decidiu deixar o clube ao final da temporada. “Fiquei dois ou três meses sem trabalhar ativamente, então apareceu essa possibilidade do Fortaleza e acertamos. Conhecer o futebol, a cultura brasileira, conhece o futebol brasileiro como os Campeonatos Estaduais, a Copa Nordeste, a Copa Brasil, a importância de cada um, qual a importância que o torcedor brasileiro dá aos estaduais e eu comprovei que era muito importante internamente. Talvez não tem tanta repercussão fora do país, mas quando estamos aqui o estadual é muito importante. Foi esse conhecimento que para mim foi um aprendizado por esses dois anos que estou no Fortaleza”.

E nesses dois anos, Vojvoda viveu momentos de extrema felicidade e uma situação difícil. Com o argentino, o Tricolor conquistou o Cearense com praticamente 20 dias de sua chegada, foi à semifinal da Copa do Brasil e em seguida ficou em quarto lugar no Brasileirão, classificação que levou o clube a disputar sua primeira Libertadores. No ano passado o Hermano continuou na mesma pisada: Foi mais uma vez Campeão Cearense e conquistou também a Copa do Nordeste, mas o time penou no Brasileiro e chegou a ser lanterna da competição. O apoio que recebeu nesse momento fez com que Vojvoda, mesmo com interesse de Vasco, Atlético/MG e Corinthians, decidisse renovar o contrato com o Fortaleza e assinar até dezembro do ano que vem. “Encontramos uma estrutura por trás que nos respaldou a todo momento. O primeiro ano foi um ano maravilhoso, porque conseguimos coisas importantes. O segundo ano jogamos pela primeira vez a Libertadores, chegamos às oitavas, o Brasileirão não começamos bem. E esse foi o momento que o clube todo confio no trabalho que estávamos fazendo e isso é algo para se destacar. O digo com muita responsabilidade, passado isso: Eu senti esse apoio no momento complicado e nós necessitávamos naquele momento”. 

Aclimatado e feliz em Fortaleza, o ex-zagueiro do Newell’s Old Boys da Argentina não se cansa de destacar a paixão do Nordestino pelo futebol. “Você pode comprar uma estrutura, jogadores, pode comprar tudo, mas uma paixão você não pode comprar.  Vamos comprar torcedores... Isso é muito difícil. E aí isso já temos e eu acho que é o mais importante. Se você tem a paixão que temos aqui e em todo Nordeste, se temos isso, precisamos cuidar. Porque é o mais importante e isso não se compra”.

*A entrevista completa com Juan Pablo Vojavoda está no Cast Futebol Clube....